... mais atenção, reparem...
Vamos lá tentar fazer uma experimentação. A pessoa referida vá experimentar qualquer forma de reação?
Àquela
colega de turma, de cabelo comprido
castanho claro, corpo grácil e proporcionado e sorriso sempre nos
lábios, tudo parecia que lhe corria muito bem. Era, e muito bem, uma
pessoa inteligente, capaz, moderna, viajada e muito trabalhadora.
Ela
estava sempre muito ocupada e vinha à sala de aulas na última hora,
apressada, mexendo nos seus cadernos
e pedindo licença para entrar. Por vezes, até se tinha que ir
embora antecipadamente, antes de rematar a lição por mor de chegar
a algum ato ou fazer alguma
tarefa pendente. Tantas eram
as ocupações em que estava a partilhar o seu talento que não se
percebia muito bem de onde é que tirava o tempo. Era tão dinâmica
e ativa!
Contudo,
a nossa protagonista atesourava uma
coisa muito característica que tinha a ver com as qualidades do som:
a intensidade da sua voz era grande, imensa, o tom acentuadamente
grave, que fazia com que a sua
voz fosse um bocadinho presa e possuia um timbre pessoal, próprio,
inconfundível, definitório.
Em definitivo, tinha, e
felizmente tem, uma voz cheia, como os cafés homónimos de
que tanto gostava.
De
seguro que foram os seus quefazeres profissionais os culpados
de que não pudéssemos
continuar a gozar da sua cativadora presença. Foi um prazer tê-la
conhecido. Boa continuação, companheira!